sábado, 20 de fevereiro de 2010

A Cura pela Fé

Título: A Cura pela Fé

Autor: Ricardo Orestes Forni

Editora: EME

Categoria: estudo

Edição: primeira (setembro de 2009)

Proposta:
Apresentar aspectos e práticas espíritas relacionados a doença e a cura valorizando aqueles ligados a religiosidade e a fé.

Formato:
Tamanho médio com aproximadamente 50 mil palavras distribuídas em 20 capítulos. Ao final faz uma homenangem ao pesquisador Hernani Guimarães Andrade apresentando sua biografia.

Linguagem:
Simples e acessível. O autor se dirige diretamente ao leitor procurando despertar sua atenção para a leitura. Há bastante transcrições de trechos de autores consagrados no meio espírita como Chico Xavier / André Luiz e Divaldo Franco / Joanna de Ângelis para apoio nas argumentações.

Avaliação:
O livro oferece uma boa visão de como se entende no meio espírita a problemática das doenças e das curas. É dirigido ao leitor comum que tem um pouco ou mesmo nenhum conhecimento a respeito do tema. Dessa forma, não se deve esperar argumentações sofisticadas em defesa da fé e da religião como elementos importantes num processo de cura.

O autor consegue tratar de forma razoável o contraponto entre uma inflexível lei de causa e efeito e a possibilidade de reparação de um mal através da prática do bem.

O apoio de autores famosos nas argumentações é bem apropriado para o estudo, embora algumas vezes haja um certo excesso na transcrição dos textos destes autores.

Há uma aparente presunção em algumas passagens quando o autor se mostra como o "dono da verdade" ao se apoiar em uma simples afirmação contida nos textos dos autores referenciados.

Discussão:
O autor inicia sua obra com uma curiosa estória do Chico Xavier receitando apenas a fé para uma tuberculosa já que ele não tinha recursos para oferecer os remédios necessários para o tratamento. Mas, depois da metade da obra o autor revela que Chico quando enfermo não prescindia da medicina humana. Será que apenas a fé não seria suficiente para o tratamento dos problemas do Chico?

Na página 100 o autor afirma que "a doutrina espírita nos esclarece sobre os centro de forças existentes no corpo material que são: coronário, frontal, laríngeo, cardíaco, esplênico e genésico". Seria interessante o autor citar a fonte ou explicar o que entende por doutrina espírita.

14 comentários:

  1. olá boa tarde gostei muito desse blog, sou respnsável do clube do livro Ermance dufaux em Portugal, gostaria muito se tivesse comentários de obras da Editora dufaux!
    Aqui está o nosso blog!
    http://ermancedufaux.blogspot.com
    Um abraço fraterno a todos!!!!
    Edmar da Silva

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  2. ricardo orestes forni12 de março de 2010 às 21:38

    prezado crítico, quando Chico Xavier recorre à ciência dos homens para seu tratamento, ele está dando-nos uma lição de que devemos respeitar os conhecimentos que o ser humano conquista através de seus esforços. o fato de recorrermos à medicina da Terra não é uma afirmativa de falta de fé, aliás, os Espíritos recomendam a utilização do auxílio do plano espiritual em conjunto com a medicina dos homens.
    obrigado

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  3. ricardo orestes forni12 de março de 2010 às 21:42

    prezado crítico, quem se julga "dono da verdade" não cita textos "em demasia" de autores consagrados. quem se julga "dono da verdade", afirma por si mesmo. por isso essa crítica é contraditória em si mesma.
    quantos ao pontos energéticos, vários autores espíritas referem-se a eles, bastando para isso uma pesquisa mais pacienciosa e extensa da sua parte para encontrá-los.
    grato

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  4. ricardo orestes forni12 de março de 2010 às 21:49

    prezado critico, quando Jesus ensinou o método da cura definitiva, ele não utilizou de nenhuma afirmação sofisticada. disse apenas: vá e não peque mais.
    como poderia eu ter a pretensão de levantar hipóteses sofisticadas depois dessa afirmativa Dele?

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  5. ricardo orestes forni12 de março de 2010 às 21:53

    prezado crítico, a Doutrina Espírita é uma ciência já que começou através da pesquisa de determinados fatos por Kardec, homem de ciência; dessas revelações surgiram uma filosofia de vida, por isso Doutrina Espírita é uma filosofia e, finalmente, Doutrina Espírita é uma religião pelo seu apelo de religar a criatura ao Criador através da sua reforma íntima.

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  6. ricardo orestes forni13 de março de 2010 às 05:30

    prezado crítico, a lei de causa e efeito não é inflexível como você afirma. O Apóstolo Pedro afirmou que o amor cobre a multidão de pecados no sentido de podermos sim modificar a colheita através da semeadura do amor. Diante da mulher equivocada que lhe banhava os pés com o perfume de nardo, Jesus afirmou que muito lhe havia sido perdoado porque muito ela havia amado.Inflexivel é a lei do Karma que não é uma afirmativa espírita, mas sim de outras filosofias religiosas. portanto, não fiz colocações no livro sobre "a inflexível lei de causa e efeito". o conceito é seu e não da minha pessoa.

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  7. Olá, Ricardo!

    Primeiramente, é um prazer receber seus comentários a minha análise. De verdade, obrigado! Vou tentar esclarecer alguns pontos:

    1. Também concordo com você sobre a recomendação em não descartar nem a fé e nem a medicina. O que quis salientar é que você contou duas estórias sobre o Chico que aparentemente se contradizem. Se existe a recomendação para usar a medicina também então porque o Chico não encontrou uma outra solução para a tuberculosa?

    2. Em relação a presunção da verdade eu observei algumas passagens onde se estabelecia um simples argumento de autoridade. Por outro lado, em outras passagens eu identifiquei um excesso de transcrições e isto não é algo ruim para a argumentação, mas ruim para a leitura do texto.

    3. Também concordo com você sobre a existência de referências sobre os centros de força. A minha crítica se deveu a falta de indicação destas referências. Como você sabe o conceito de centros de força ou chakras não faz parte do legado de Kardec.

    4. Quanto a questão da "sofisticação" eu quis exatamente enaltecer a simplicidade na argumentação. Esta, para mim, é uma das boas qualidades de seu trabalho. Tanto é assim que recomendei seu livro ao nosso clube do livro daqui de São Carlos (com quase 2000 sócios).

    5. Perdão, mas acho que houve um engano de sua parte em relação a minha afirmação sobre lei de causa e efeito. Existem autores, não é o seu caso, que dão interpretações bem inflexíveis para esta lei. E um dos pontos altos de seu trabalho é justamente "quebrar" esta inflexibilidade. Ou seja, eu estava elogiando o contraponto que você fez.

    Abraços e muito sucesso!

    Vital.

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  8. ricardo orestes forni13 de março de 2010 às 12:39

    quanto a solução do Chico perante a tuberculosa, vale lembrar que nem mesmo Jesus procedeu da mesma maneira com todos os doentes que encontrou. segundo, naquela época, não existia o demagógico SUS. a paciente não tinha recursos financeiros e nem o Chico, restando a ele, diante do desespero da enferma, lançar mão do que tinha à mão no momento. veja você que ele não recriminou que ela tivesse procurado a medicina da Terra, cujos recursos financeiros, não estavam presentes na ocasião.

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  9. ricardo orestes forni13 de março de 2010 às 12:49

    quanto ao "excesso de transcrição", se eu não os tivesse feito, aí sim cairia na posição de ser dono da verdade. entre essa hipótese e a primeira, prefiro sempre ficar com essa última.

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  10. ricardo orestes forni13 de março de 2010 às 12:53

    em relação aos centros de força, Kardec não se referiu a eles, mas a bibliografia de André Luis é esclarecedora sobre eles. como o livro não se ateve exclusivamente em Kardec, não foge à Doutrina Espírita a referência a esses centros de energia.
    grato

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  11. ricardo orestes forni13 de março de 2010 às 12:59

    ainda sobre a moça tuberculosa, a sabedoria do Chico não excluiu a medicina da Terra que ensina mobilizar o otimismo do paciente em favor de sua imunidade. ao recomendar a ela que tomasse a receita em pequenos pedaços já que naquele momento não havia recurso financeiro para outra atitude, Chico aliava o estímulo à imunidade da paciente e a fé numa mesma atitude.

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  12. precisa ver se foi nos anos 40 ou 50 quando nao
    havia medicação para tratamento.meu nome é gilberto e ja tive tuberculose.

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  13. Bem anotado, Gilberto!

    Se não tinha remédio então remediado estava! Interessante que fiz uma busca no Google e encontrei a informação de que o próprio Chico também teve tuberculose em 1946. Será que a fé também foi suficiente para curá-lo?

    Abraços e obrigado pelo comentário!

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  14. muito bom esses comentários seguidos de respostas, é esclarecedor. gostei. abraço a todos

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