domingo, 25 de outubro de 2009

Diretrizes para uma vida feliz

Título: Diretrizes para uma vida feliz

Autor: Sergito de Souza Cavalcanti

Editora: Chico Xavier

Categoria: orientação

Edição: primeira (agosto de 2009)

Proposta:
A proposta desta obra é de oferecer ao leitor um conjunto amplo de orientações e valores morais para ajudá-lo na busca de uma felicidade plena.

Formato:
O livro possui um formato médio e contém aproximadamente 50 mil palavras (ou 5 horas de leitura). Ele está dividido em 36 pequenos capítulos abordando um determinado tema cada um. Por exemplo, auto-conhecimento, vontade, perdão, ansiedade, caridade.

Linguagem:
O autor escreve de forma fácil e correta. Aborda os temas de forma clara e explora com qualidade o uso de estórias, contos, provérbios, e até mesmo piadas.

Avaliação:
De fato, como proposto a obra oferece um bom conjunto de orientações e valores morais para a nossa reflexão e para a nossa decisão das escolhas e das ações que tomamos no dia-a-dia. O autor aborda vários temas de forma ampla e equilibrada.

Para cada tema o autor dedica um pequeno capítulo onde apresenta, de forma geral, um texto inicial oferecendo orientações e convidando à reflexão e, depois, algumas estórias ou contos que ilustram bem o tema.

Aliás, as estórias ajudam a quebrar um pouco da monotonia de alguns textos mais repetitivos e ajudam a manter ou mesmo despertar a atenção do leitor. Ou seja, acaba sendo um importante recurso para a assimilação da mensagem passada no texto inicial.

Uma outra possibilidade para o autor seria a de escrever textos mais concisos e menos repetitivos, mas talvez para este tipo de leitura o propósito é exatamente este: o de "martelar" as idéias pra ver se o leitor "pega" alguma coisa.

Por outro lado, a mesma técnica (da repetição) usada também entre os capítulos acaba desestimulando bastante o leitor que lê o livro do começo ao fim, ao contrário daquele que lê esporadicamente e aleatoriamente alguns capítulos. Isto é, alguns capítulos apresentam praticamente as mesmas idéias e chegam algumas vezes a ter parágrafos semelhantes (ver, por exemplo, cap. Felicidade pag. 24 e cap. Boa Vontade pag. 157).

O livro traz para o leitor boas oportunidades para reflexão, mas, por vezes, beira um conjunto de instruções diretas e triviais que descartam a possibilidade de reflexão. Por exemplo, na página 174 o autor escreve "não fume e não use drogas, o fumo é um veneno e as drogas, como o nome já diz, é mesmo uma droga". Ou seja, não estimula a reflexão e apenas reproduz o senso comum que não funciona para um efeito duradouro.

As referências bibliográficas são muito boas. Explora boas passagens da obra de Allan Kardec, do Chico Xavier, do Francisco do Espírito Santo Neto, e do evangelho de Jesus.

Particularmente, numa visão pessoal minha (autor desta análise), toda a obra está apresentada de forma equilibrada com exceção do capítulo Harmonização e Saúde que trata da relação espírito e corpo. O autor, no meu particular entendimento, reforça muito a idéia de que as imperfeições de nosso corpo são o resultado de nossas atitudes no passado. Por exemplo:

"Que as qualidades ou defeitos, faltas, abusos e vícios de existências passadas registrados no perispírito reaparecem no corpo físico como enfermidades e moléstias." (pag 174)

Este reforço nesta hipótese maquineísta não contribui, em minha opinião, para uma libertação individual das culpas do passado e para uma busca efetiva da felicidade sob bases mais próximas do amor e de sua capacidade de quebrar a ligação da falta cometida e de sua expiação. Só a prática da verdadeira caridade pode nos impulsionar efetivamente adiante e não o medo ou o conformismo de ficar eternamente pagando pelos nossos pecados.

Um comentário:

  1. Livro interessante e muito bom. gostaria de abrir a pagina 69

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