Falando com os Espíritos

Título: Falando com os Espíritos
Recepção, atendimento e encaminhamento de desencarnados

Autor: Américo Sucena

Editora: Mythos Books

Categoria: pesquisa

Edição: primeira (2008)

Proposta:
A proposta do autor é oferecer um conjunto de técnicas de comunicação a serem empregadas nas reuniões mediúnicas com o objetivo específico de atendimento a recém desencarnados.

Formato:
O livro tem um tamanho médio com aproximadamente 100 páginas distribuídas em 6 capítulos, além do prefácio, introdução, bibliografia e ilustrações. A editoração é de boa qualidade e destacam-se as ilustrações coloridas em papel especial ao final da obra.

Linguagem:
A linguagem empregada nos textos é coloquial e voltada para o entendimento do leitor. De forma pedagógica são usados recursos de listas objetivas, de diferenciação das "falas" dos esclarecedores e dos espíritos através de destaques nos textos, de classificação das condutas como adequadas ou inadequadas, e de exemplos de diálogos com os espíritos.

Avaliação:
Objetivamente o autor consegue passar ao leitor suas técnicas de comunicação. Por outro lado, há uma deficiência na exposição geral da questão. Isto é, não existe uma visão mais global das possibilidades de comunicação com os espíritos e dos objetivos e finalidades destas comunicações.

Embora o atendimento aos espíritos necessitados de esclarecimentos esteja entre os principais objetivos das reuniões mediúnicas seria preciso destacar que ele não é o único. Além do mais, o autor não esclarece nem mesmo sobre a necessidade deste tipo de comunicação. Ou seja, não explora o porquê dos espíritos terem que se esclarecer com espíritos encarnados.

Na questão específica da prática sugerida percebe-se que o autor coloca os esclarecedores sempre em posição superior aos espíritos tendo poder sobre eles a ponto de forçarem o sono do espírito quando se mostra inconveniente. Ou seja, para o autor o esclarecedor está sempre na posição de terapeuta.

E apenas para constar, é interessante notar ainda a preferência por parte do autor pela palavra esclarecedor do que a de doutrinador. Embora as duas deveriam ser conceitualmente diferentes elas se equivalem na proposta prática sugerida na obra.