Título: As Mães de Chico Xavier
Organizador: Saulo Gomes
Editora: InterVidas
Categoria: doutrinário
Edição: primeira (junho 2011)
Proposta:
Apresentar os bastidores do filme, trazer o depoimento dos atores e dos produtores, revelar os pontos de contato com os fatos reais, e, sobretudo, desenvolver os temas relacionados ao filme como a perda dos entes queridos, o aborto, as drogas, e o suicídio.
Formato:
A edição premium é primorosa e vem num tamanho maior do que o normal e conta com mais de 400 páginas distribuídas em 10 capítulos. Conta com uma infinidade de fotografias. E a maioria ocupa toda a extensão das páginas. O papel é de excelente qualidade assim como a diagramação dos textos. Os trechos mais importantes dos depoimentos ou das narrativas são colocadas em destaque.
Linguagem:
Há diferentes tipos de linguagem que compõe o livro. Nas narrativas usa-se uma linguagem objetiva num estilo jornalístico. Os depoimentos são verdadeiros e passam emoção. E o desenvolvimento doutrinário é feito numa linguagem clara e leve.
Avaliação:
Não tem como não se surpreender com a qualidade do projeto gráfico desta obra. É de uma beleza sem igual no mercado editorial espírita. Há requinte nos detalhes. As fotos são muito bem distribuídas, ora em quadros, ora ocupando páginas inteiras. A diagramação dos textos é muito boa usando os recursos gráficos de forma eficiente e elegante. As páginas contém um fundo do tipo envelhecido e numeração de páginas no meio das laterais que tornam esta obra única.
As propostas de escrever sobre os bastidores do filme e, ao mesmo tempo, de desenvolver temas doutrinários espíritas estão bem harmonizadas. Isto porque os temas desenvolvidos estão diretamente relacionados as estórias contadas no filme e porque os depoimentos dos atores e produtores também tocam nestes temas. Ou seja, a questão espiritual é o cerne de toda a discussão mesmo quando se fala em detalhes técnicos de produção do filme.
Foi feita uma seleção muito boa das pessoas que escreram sobre os temas doutrinários. Vale destacar as estórias tocantes e surpreendentes do Divaldo Franco como "Bebete" que ilustra o tema da perda dos entes queridos. Também é destaque a visão humana de Cleunice Orlandi de Lima na questão do aborto assim como a de Abel Sidney na questão do suicídio. Já nas drogas conta-se com a experiência e o realismo de Vilson Disposti.
As narrativas do filme são muito bem contadas. Os aspectos técnicos são apresentados de forma simples respeitando o público leigo em relação a sétima arte. Os depoimentos dos atores são muito bem explorados e valorizam o trabalho requerido na produção do filme. Igualmente bem exploradas são as estórias reais das mães que perderam seus filhos. Além dos depoimentos destas mães são apresentadas as cartas que receberam dos filhos através do Chico.
Discussão:
Seguem abaixo algumas passagens:
Página 283 do sub-capítulo Drogadição por Raul Teixeira:
Estamos falando desta droga que a mulher grávida toma em forma de bebida alcoólica e converte o feto em um bebê alcoólico, que quando nasce está cheio de cólicas, cheio de dores. É a síndrome de abstinência. Então ela dá para ele um elixir, um remédio que tem álcool e passa a cólica, a dor da criança, satisfeita na sua necessidade alcoólica.
Raul Teixeira dá uma visão muito fatalista das consequências do mau uso do corpo humano. Aqui parece que ele extrapola ao associar as cólicas de um bebê com uma possível síndrome de abstinência.
Página 402 do sub-capítulo Mais Lições por Nena Galves:
Um dia perguntei: "Chico, este Espírito desencarnou outro dia. Como ele pode falar deste jeito?" Ele respondeu: "Nena, ele estava numa maca. Quem falou por ele foi Dr. Bezerra, mas se Dr. Bezerra assinasse, para muitas mães não teria o valor de uma mensagem do próprio filho. Por isso, o Dr. Bezerra colocou o nome do filho." Estes Espíritos muitas vezes querem passar a mensagem, mas não têm equilíbrio suficente. Então os mentores fazem este trabalho de levar as impressões, os sentimentos deles.
Para o Chico a consolação vinha sempre em primeiro lugar, antes mesmo da verdade.
Não entendi. Bezerra de Menezes assina uma mensagem para uma mãe com o nome do filho desencarnado desta e a coisa sobra pro Chico? Como é que é isso aí?
ResponderExcluirOi, José Edmar!
ResponderExcluirMinha observação está errada? Se está onde está?
Abraço!
Olá, Vital.
ResponderExcluirA meu ver, sua observação está, no mínimo, fora de contexto. Frente ao trecho disponibilizado, assumindo a realidade do processo mediúnico, o que podemos dizer é que Chico Xavier foi fiel ao ditado de Bezerra de Menezes (Espírito), nada mais. Quem privilegiou a consolação à verdade foi Bezerra, não Chico, que apenas cumpriu seu papel de médium.
Um abraço.
Oi, José Edmar!
ResponderExcluirTalvez sua interpretação seja a correta mesmo. Na minha entendi que haveria uma aprovação do Chico à conduta do Bezerra.
Abraço!
Oi Gostei muito do seu blog e estou te seguindo.
ResponderExcluirGostaria de convidar a acessar e a comentar o blog
http://palestraspatrick.blogspot.com/
Vamos divulgar a boa nova para todos os cantos.
abraços
Juliana
Obrigado, Juliana!
ResponderExcluirVou acessar o blog sim.
Abraço!