Título: Bem-aventurados os aflitos
Autor: Richard Simonetti
Editora: CEAC
Categoria: doutrinário
Edição: primeira (setembro de 2009)
Proposta:
Apresentação de forma simples do conceito e prática espíritas a partir de temas e exemplos do cotidiano.
Formato:
Tamanho médio, com pouco texto, pra ser lido em menos de três horas. É dividido em 20 breves capítulos.
Linguagem:
É simples e acessível.
Avaliação:
Esta obra tem o mérito de ser de fácil leitura e, portanto, acessível a grande maioria dos leitores. Porém, falha, às vezes, ao ser simplista quando resume o conhecimento espírita. Por exemplo, na página 25 escreve:
"Limitações físicas congênitas, mortes prematuras, enfermidades graves, família difícil, problemas financeiros, dificuldades profissionais e variadas outras situações, se não justificadas pelo hoje, têm sua origem no comportamento desajustado do ontem."
Da forma como está escrito parece não haver a possibilidade dos problemas levantados serem considerados como provas ou experiências de vida.
De qualquer forma, a exemplificação da aplicação dos conceitos espíritas é a tônica nesta obra e cumpre o seu papel de permitir uma melhor assimilação destes conceitos pelo leitor.
Discussão:
No terceiro capítulo "Ingenuidade e Esperteza" o autor se aventura a fazer alguns cálculos sobre o número de reencarnações. Aparentemente não foi muito feliz uma vez que calcula em centenas de reencarnações sobre a Terra (pág 34), mas estimativas de institutos de pesquisas dizem que já nasceram na Terra por volta de 120 bilhões de seres humanos e de acordo com o autor temos uma população de 25 bilhões de espíritos (pág 30); então, teríamos uma média de aproximadamente 5 reencarnações por espírito.
O autor exagera ao afirmar que "a teoria evolucionista de Darwin ... confirma a existência de Deus" (pág 55). Também é muito apressado ao afirmar que "os índices crescentes de suicídio ... têm, em boa parte, sua origem nessas concepções materialistas" (pág 56). Aliás, mais a frente (pág 59) diz: "a maioria das pessoas que se suicidam não é alheia aos princípios religiosos".
Aparentemente o autor foi leviano ao desvalorizar a psicanálise quando afirma que "por não aceitar a preexistência da alma, a vida espiritual e a reencarnação, a psicanálise virou um jogo de adivinhação, caindo na fantasia quanto à explicação dos porquês de uma depressão, de uma neurose, de nostálgica tristeza...".
Tem um capítulo muito interessante sobre eutanásia que pode gerar boas reflexões. Na página 165 o autor diz que "sob o ponto de vista materialista não há por que discutir a eutanásia. Se a vida acaba no túmulo, por que prolongar o sofrimento de alguém?". A lógica aqui poderia ser outra: sendo a vida algo de muito valor para o materialista seria desejável manter a vida a qualquer custo. Já para o espiritualista para quem a morte é apenas uma transição então a interrupção da vida corporal não deveria ser algo grave já que continuará vivendo espiritualmente.
Rapaz! O livro parece ser bem infeliz, ehin! Nada surpreendente, já que os outros desse autor é de uma pobreza sofrível.
ResponderExcluirParabéns pelo tom!
Abraços
Prezado Luciano, seu comentário é bastante infeliz, vê-se que não conhece as mais de 51 obras de um trabalhador incansável, e mais, pertencente a Academia Brasileira de Letras de Bauru, mas é a sua simples opinião, e como tal, respeito.
ExcluirOlá, Luciano!
ResponderExcluirNão conheço os outros livros do Simonetti, mas este realmente é muito pobre mesmo. Por outro lado, imagino que o autor deva ter alguns bons livros já que ele é bem conceituado no meio espírita.
Abraços e valeu pelo rápido comentário!
NOSSA QUE HORROR... ESTOU ATÔNITA COM OS COMENTÁRIOS ACIMA.
ResponderExcluirVOCÊS SÃO ESPÍRITAS????
Quando compramos um carro novo, normalmente um amigo nos diz: Que bacana, mas por que não optou pelo modelo X? Quando construímos uma casa, normalmente um vizinho nos diz: Ficou ótima, mas seria melhor se fosse de outra cor... Assim acontece quando um trabalho é executado: Não é possível agradar a todos. Nem mesmo o Mestre Jesus o conseguiu... Vale lembrar no caso do livro, que é a opinião do nosso colega e ele tem todo direito de expor suas opiniões. Mas o ideal, é lermos o livro, retermos o que nos for útil e desprezar o que não for. Grande abraço.
ResponderExcluirOlá, amigo(a)! De certa forma concordo com você que devemos aproveitar o que houver de útil em um livro. Por outro lado, a proposta dessas análises é a de oferecer ao leitor um ponto de vista crítico das obras. E esta análise tem que levar em consideração os pontos negativos assim como os positivos.
ExcluirEu tenho o Livro Mudança de Rumo, do escritor Richard Simonetti, neste livro, ele coloca um conceito espírita belo, ótimo, bem detalhado e explicado, sobre tudo sobre a experiência de quase morte.
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