Segredos e Mistérios da Mente Humana

Título: Segredos e Mistérios da Mente Humana

Autor: Djalma Santos

Editora: Léon Denis

Categoria: estudo

Edição: primeira (março de 2009)

Proposta:
O autor se propõe a desvendar os segredos da mente humana através da exploração de temas espirituais como Deus, morte, espírito, perispírito, entre outros. A abordagem destes temas é feita de forma resumida e se espera que o leitor consiga "captar" a essência das idéias do estudo nas entrelinhas.

Formato:
O livro tem tamanho médio com aproximadamente 200 páginas distribuídas em 37 pequenos capítulos. O tamanho grande da letra, o espaçamento folgado entre linhas, o número excessivo de capítulos, e as margens largas das páginas contribuíram para que o livro aparentasse ter um tamanho maior do que realmente tem. De qualquer forma, a qualidade da editoração gráfica é boa.

Cada um dos capítulos explora um determinado tema fazendo algum tipo de ligação com a mente humana. Porém, estes temas não são muito bem delimitados e boa parte dos conteúdos se sobrepõe e até mesmo se repetem.

Linguagem:
A obra possui uma linguagem que varia entre o muito simples e o muito rebuscado. Em especial, o autor usa uma linguagem mais metafórica, simbólica, ou mesmo poética para desenvolver temas mais difíceis. Ao contrário do esperado, esta linguagem complica o entendimento das idéias pelo leitor e torna a leitura desestimulante.

Avaliação:
Em primeiro lugar, é preciso destacar que o conteúdo desta obra está aquém da expectativa gerada pelo título sugestivo de um tema muito inquietante, a mente humana. Os temas, abordados nos capítulos, são apresentados de forma muito rápida e superficial. E muitos deles não têm relação direta com os estudos sobre a mente humana como, por exemplo, 'Catástrofes, Acidentes, e Males'.

Os conceitos relacionados ao espírito e a mente humana são apresentados de forma confusa e com várias denominações. Por exemplo, 'perispírito', 'corpo espiritual', e 'aura' são ora tratados como sinônimos e ora como conceitos distintos. No capítulo 9 onde desenvolve o conceito de 'histogênese espiritual' o autor mistura a idéia da ressurreição para explicar que após a morte (do corpo físico) o espírito construiria um novo 'corpo espiritual'.

Ainda sobre a confusão de conceitos é interessante destacar a existência de dois capítulos com temas que aparentemente deveriam ser diferentes: são os capítulos 2 e 12 sobre 'fluido cósmico' e sobre 'éter universal', respectivamente. Mas, ambos representam a mesma coisa na própria conceituação do autor quando diz que tanto um como outro são "a origem de todo o tipo de matéria".

Mais grave do que a confusão é a falta de explicação sobre conceitos chaves para o entendimento da mensagem que o autor quer dar. Em especial, o autor recorre ao 'pensamento contínuo' do início ao fim de sua obra, porém em nenhum momento explica ou define o que seria tal conceito.

Além disso, o autor raramente apresenta as referências das informações e idéias expostas. E quando tentou fazer isto em um dos últimos capítulos comenta: "apesar da farta literatura que versa sobre o mundo mental ... ainda hoje não se sabe exatamente como é esse plano vibratório diferente do nosso"